segunda-feira, 16 de abril de 2018

Falta de memória ou desatenção

Falta de memória ou desatenção

Entenda como a falta concentração prejudica a sua rotina

                                                                                                           
Você se lembra do último livro que leu? Recorda do assunto sobre o qual conversou com alguém antes de ler essa matéria? Essas podem ser perguntas simples e facilmente respondidas por algumas pessoas. Mas não duvide: há quem nem sequer se lembre da cor da roupa que usou ontem ou do compromisso que marcou para hoje à noite. Você faz parte do time dos distraídos ou sabe usar a memória a seu favor? Para começar, concentre-se nessa leitura.
Para prestar atenção em algo, é preciso focar em um determinado estímulo ou atividade, para se concentrar no que realmente deseja. Para isso, você não deve se distrair diante dos outros estímulos. Parece fácil? Mas não é.
Em meio a um turbilhão de informações, que bombardeiam o dia a dia por todos os lados, seja pelos meios de comunicação, seja internet e redes sociais, não é raro imaginar que a capacidade de concentração das pessoas pode ficar alterada. Barulho intenso e o uso frequente de smartphones são distrações que também contribuem para aumentar a desatenção. Sem contar a grande quantidade de atividades e funções exigidas pela sociedade nos dias atuais. Esse excesso gera preocupação e pressa. Um prato cheio para a distração.
Situações traumáticas, estresse e até cansaço também podem colaborar para as falhas de memória. A grande quantidade de atividades também pode comprometer o rendimento e prejudicar os resultados. Esqueceu a consulta marcada ou não sabe onde estacionou o carro? Talvez seja o momento de rever o seu ritmo e buscar estratégias para manter o foco.
Foi o que fez o publicitário Demétryus Silva, de 20 anos, depois de passar por diversas situações de esquecimento. Ele não perdeu um compromisso, mas fez algo ainda mais inusitado. Após a morte de uma colega dos tempos de escola, Demétryus foi ao velório para se despedir da amiga. “Cheguei, vi algumas pessoas entrando e resolvi acompanhar. Não  reconheci ninguém. Mesmo assim, fiquei no local por duas horas. Muitas pessoas estavam chorando. Fiquei triste com a perda.” 
 No dia seguinte, alguns amigos ligaram para perguntar o motivo dele não ter ido ao enterro. “Foi então que descobri que tinha ido ao velório errado”, conta. Concentração constante? Ele garante que está aprendendo a lidar com isso.
No ambiente de trabalho, o computador é repleto de “post-it” (bilhetes adesivos), para que os compromissos não sejam perdidos e as atividades não sejam esquecidas. “Se eu não fizer isso, não consigo lembrar, porque me distraio facilmente com outras coisas. Em casa, o celular ajuda muito.
Organizo os alertas e lembretes para que sinalizem a hora de fazer algo. Minha mãe recomendou o uso da agenda. Ajuda bastante, pois registro tudo o que faço ou preciso fazer.”
Quando essa dificuldade de concentração é persistente, pode indicar alguma disfunção no organismo. Entre os problemas que estão relacionados a esse excesso de distração estão depressão, ansiedade e o déficit de atenção.
Origem Um estudo realizado pelos psicólogos Matthew Killingsworth e Daniel Gilber, da Universidade de Harvard, mostra que as pessoas que se dispersam com facilidade são menos felizes do que as que conseguem se concentrar nas tarefas. Por isso, é importante identificar se a falta de atenção é decorrente de algum transtorno ou consequência do correcorre diário. Se for um problema de saúde, busque ajuda.
Se for algo passageiro, é preciso esforço para manter o foco e permanecer atento ao que acontece ao seu redor. Reconheça o que é prioridade e considere apenas o que for importante para você naquele momento. Faça um teste: será que você é capaz de lembrar qual foi a primeira pergunta feita no começo dessa matéria? Se não consegue, é sinal de que precisa se concentrar um pouco mais. Que tal começar desde já?

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